Como o mal do mundo moderno pode afetar essa musculatura tão esquecida, porém, não menos importante em tantos processos fisiológicos e motores do corpo humano.
A ansiedade não parece ter padrões específicos. No geral, apresenta sintomas psicológicos e físicos, que vão desde a constante tensão e problemas de concentração, até dor ou aperto no peito, insônia, falta de ar, dentre outros.
No entanto, existe uma relação em comum... Pesquisas apontam que 83% das pessoas com ansiedade apresentam um padrão respiratório disfuncional. E focar na respiração adequada significa, antes de tudo, ter plena atenção ao diafragma.
O diafragma é um músculo que influencia todos os sistemas do corpo. No processo de formação do ser humano, ainda na barriga da mãe, os tecidos que formam o diafragma vêm do pescoço, sendo também responsáveis pela formação do saco ao redor do coração, do esôfago e do assoalho pélvico. Nesse processo, o músculo do diafragma também se prende à base dos pulmões, ao coração, ao fígado e ao intestino, além de receber sinais motores e sensoriais dos nervos que estão na altura do ombro e do pescoço.
Isso nos dá uma pequena dimensão de como o diafragma está conectado a inúmeras funções do nosso corpo, e vice-versa. Uma pequena disfunção no diafragma pode resultar em dores e tensões no pescoço e nos ombros, problemas cardíacos, de coluna, de deglutição, de estômago (refluxo, por exemplo), de incontinência urinária e fecal, dentre tantos outros.
Em razão disso, a ansiedade deve ser debatida como um problema multifatorial. Na abordagem fisioterapêutica, além das técnicas de terapia manual empregadas para o tratamento das dores psicossomáticas, a Terapia CranioSacral pode ser um importante coadjuvante para o controle dos quadros de ansiedade, por atuar diretamente nas disfunções do diafragma e em outros distúrbios viscerais associados.
Dentre as técnicas mais empregadas, a CV-4 (compressão do quarto ventrículo do cérebro) age com precisão no relaxamento do tônus do sistema nervoso simpático e na melhora da funcionalidade do sistema nervoso autônomo, responsável pelo controle da frequência cardíaca, da pressão arterial e de outras importantes funções. O resultado é a liberação e correção da atividade do diafragma, e o consequente controle da função respiratória do paciente.
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